Saigão XII

Museus I.

A cidade não tem, para o meu gosto, museus que nos fiquem na memória. O mais frequentado é o Museu das Memórias de Guerra, onde são expostas todas as atrocidades cometidas pelas tropas americanas e que todos conhecemos por terem sido divulgadas até à exaustão no cinema americano que nunca se cansa de recontar a guerra em que saíram derrotados, e por imensas reportagens na comunicação social. Aqui, nos jardins, tiram famílias inteiras fotografias junto aos tanques, aviões e helicópteros, e ficam ansiosas a aguardar a sua vez de poder posar junto às máquinas de destruição, com ares vitoriosos. Por isso, este Museu é um sucesso. Outro é o dedicado ao grande líder, outro, ainda, é o Museu da cidade e a sensação com que ficamos é que, tal como o Palácio da Reunificação, pertencem todos uns aos outros, como se fossem uma mesma coisa em espaços diferentes. 

1. O Museu das Memórias de Guerra


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2. O Museu da Cidade


1Museu da Cidade

Museu da CidadeMuseu da Cidade
Museu da CidadeMuseu da CidadeMuseu da Cidade
Museu da CidadeMuseu da Cidade
Museu da CidadeMuseu da Cidade
Museu da CidadeMuseu da Cidade 
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Museu da CidadeMuseu da Cidade 
Museu da CidadeMuseu da CidadeMuseu da Cidade 
Museu da CidadeMuseu da CidadeMuseu da Cidade 

3. O Museu de Belas-Artes

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O Museu de Belas-Artes é uma decepção tamanha. Dois edifícios, um ao lado do outro; um com a exposição permanente de pintura e escultura que em nada nos impressiona; outro, funcionando como galeria ou loja do verdadeiro Museu, tendo, sabe-se lá porquê, dezenas de desenhos de crianças. Quem compraria? Pois não acho resposta. O engraçado é que, em certos museus, temos de deixar todos os nossos pertences em cacifos e não nos é permitido fotografar. Temem o quê?

Saigão XI

A estação central dos Correios

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Ou Bưu điện Trung tâm Sài Gòn, um projecto de Gustave Eiffel. No interior, encontra-se à venda artesanato variado, quer nos espaços laterais (um deles, apenas com pintura) quer no balcão central. A decoração ainda permanece como na era colonial: nas paredes, o mapa do país e do Camboja com as linhas telegráficas em 1892 e um outro mapa da cidade, da mesma data e as cabines telefónicas. A contrastar, ao centro, Ho Chi Minh ( não a cidade mas o líder), a sorrir de uma forma enigmática como se soubesse um segredo capaz de mudar o mundo...


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